V - A Fuga De Clara para o Convento

15-06-2018 11:37

Clara vivia no mundo, mas com o pensamento de ser toda para Deus, podendo dizer-se que vivia no mundo sem ser do mundo.
Convicta de que Deus lhe pedia uma entrega total. à maneira de Francisco de Assis, e depois de uma resolução bem amadurecida e firmemente tomada, decidiu renunciar a tudo e dizer adeus às esperanças deste mundo, pelo desejo ardente de imitar a Cristo pobre e crucificado.
Com tudo preparado, resolveu fugir da casa paterna. Foi no Domingo de Ramos, 18 de Março de 1212. Nesse dia, foi à Catedral. Presidia o Bispo. Este, depois de distribuir os ramos, reparou que Clara estava no seu lugar sem ramo. Com surpresa geral, o bom pastor dirigiu-se aonde ela estava e pôs-lhe nas mãos a mais brilhante palma. Este gesto, só ele e Clara sabiam o seu significado. Ela era a nova esposa de Jesus Cristo.
Clara está consciente do desgosto que vai causar aos pais, mas a sua fuga está decidida. Deus chama-a. Durante a noite, e através dum postigo, foge de casa com a sua amiga Pacífica. Vestida com as melhores vestes, como uma noiva ataviada com as suas jóias chega à Porciúncula, onde Francisco está à sua espera, com os seus companheiros empunhando archotes. Põe de parte as suas jóias. Francisco corta-lhe os cabelos e impõe-lhe um tosco burel de penitência...
Daí, passou ao convento de S. Paulo de Bastia, onde ficou pouco tempo, até se instalar definitivamente em S. Damião.
Ao amanhecer do dia seguinte, os pais descobriram a fuga. Apresentaram-se no convento, mas nem afagos nem ameaças puderam fazê-la retroceder do caminho que tinha empreendido.
 
In, Vida de Stª Clara, Editorial Missões, 3ª Ed, Janeiro 2012, ISBN 972-577-176-1

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